O ano em que meus pais saíram de férias

1970. Mauro (Michel Joelsas) é um garoto mineiro de 12 anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia sua vida muda completamente, já que seus pais, Bia (Simone Spoladore) e Daniel (Eduardo Moreira), saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele.

Os pais de Mauro foram obrigados a fugir, por serem militantes de esquerda e perseguidos pela ditadura, e a deixá-lo com o avô paterno (Paulo Autran) que mora no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Porém o avô enfrenta problemas, e Mauro tem que ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu solitário vizinho de seu avô. Enquanto aguarda um telefonema, Mauro precisa lidar com sua nova realidade, que tem momentos de tristeza pela opressão da ausência dos pais, e também momentos de alegria, ao acompanhar o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo.

Este é o segundo filme dirigido por Cao Hamburger. O anterior foi Castelo Rá-tim-bum (1999). Vencedor de muitos prêmios nos diversos festivais de cinema no Brasil e na América Latina, também foi escolhido como o representante brasileiro para disputar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2006.

Cao Hamburguer foi convencido a mudar o nome original, Vida de Goleiro, porque supostamente afastaria o público feminino. Michel Joelsas, que venceu uma seleção com mais de mil crianças para o papel, convence como ator. É um filme sobre os tempos turvos da ditadura através dos olhos de uma criança e também uma história sobre povos e culturas. Triste demais e ao mesmo tempo terno e sutil. É comovente e arrebatador.

Drama, 110 minBaixe esse filme.

Este post faz parte da quinta blogagem coletiva #desarquivandoBR, que se realiza de 28/3 a 02/4.

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